REVITALIZAÇÃO DO RIO MARAMBAIA.

26 de agosto de 2022

Dragagem do Rio Marambaia inicia nesta sexta-feira

 

A draga chegou nesta quinta-feira (25), e foi colocada no rio no trecho da Rua 2001

A Prefeitura de Balneário Camboriú, por meio da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA), inicia nesta sexta-feira (26), a tão esperada obra de dragagem do Rio Marambaia. A obra foi autorizada pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), na semana passada. Paralelamente ao licenciamento, ocorreu o processo de licitação da empresa que irá executar o trabalho. A ordem de serviço já foi assinada. A draga chegou nesta quinta-feira (25), e foi colocada no rio no trecho da Rua 2001.

“Esta é uma obra esperada há décadas que afeta a população que mora próxima ao Rio Marambaia, notadamente os moradores do bairro Pioneiros e parte do Centro. Com a dragagem do Rio Marambaia concluída, a expectativa dos técnicos é de que o cheiro ruim deixe de existir. Acaba também a formação daquela mancha negra que sai pela foz para o mar quando chove forte. Toda a lama do fundo, resultado de esgoto antigo depositado por décadas no local, será removido e o rio voltará a ter vida”, celebra o prefeito Fabrício Oliveira.

A obra de dragagem do Rio Marambaia começa pelo trecho do rio que passa pela Rua 2001 e segue em direção à foz. Será retirado do fundo uma quantidade de lodo estimada em 6 mil metros cúbicos. O prazo estimado para a conclusão da obra é de três meses a partir do início do trabalho. O valor contratado para esta obra é de R$ 633 mil.

Mesmo durante a dragagem, e depois, continuará sendo desenvolvido em toda a cidade o programa Se Liga na Rede, que fiscaliza ligações clandestinas, assim como exigido aos condomínios que ainda não o fizeram a entrega da Declaração de Regularidade Sanitária de Edificações, junto à Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). Este documento deve ser protocolado até o dia 31 de agosto de 2022, e é cobrado de todos os imóveis localizados em áreas contempladas pelo sistema de rede de esgoto em Balneário Camboriú, exceto imóveis unifamiliares residenciais (casas), conforme a Lei nº 4.260 – com dispositivos alterados pela Lei nº 4.630/2022 – disponível no site https://leismunicipais.com.br.

ARRANHA-CÉUS E SEUS SEGREDOS

23 de agosto de 2022

O segredo internacional por trás dos arranha-céus de Balneário Camboriú.

As construtoras especializadas em arranha-céus em Balneário Camboriú criaram uma rede internacional de colaboração para erguer os maiores prédios residenciais do país e da América do Sul. A internacionalização é regra: vai desde os túneis de vento, onde os projetos são testados para resistir à força da ventania à beira-mar e garantir conforto aos usuários, até detalhes de acabamento.


 

Maior prédio da América do Sul em Balneário Camboriú ganha revestimento de iate de luxo

A FG, construtora que tem na coletânea de arranha-céus o atual recordista na América do Sul, o edifício One Tower, enviou recentemente emissários para o México, Israel, Holanda e Alemanha em viagens de atualização para sua próxima safra de "gigantes". O presidente da empresa, Jean Graciola, diz que a implantação de novas tecnologias pode levar a “um avanço de 10 anos em dois”. Não é exagero: técnicas mais modernas de construção significam ganho em produtividade. Materiais inovadores valorizam os imóveis.

Construção

No México, os engenheiros André Bigarela e Gustavo Simas foram buscar novidades em elevadores de obra e a importação de tecnologia para utilização de várias gruas em uma única torre. As gruas são pouco utilizadas na construção civil no Brasil, mas indispensáveis aos grandes edifícios, que mobilizam uma grande quantidade de cargas.

Em Israel, o foco da visita foi uma moderna fábrica de válvulas redutoras de pressão. Na Holanda e Alemanha, a fabricação de tubos e conexões flexíveis para instalações prediais de água quente e água fria, um sistema inédito na América do Sul que já é utilizado na Europa, nos EUA, e recém-lançado no México, e que a construtora deve incorporar nas próximas obras em SC.

 

Prédio balança em Balneário Camboriú com vento e causa "ondas" em triplex de R$ 17 milhões

Fachada do Bahrein

Em Balneário Camboriú, a internacionalização é uma marca registrada dos arranha-céus. Em fase final de acabamento, as torres do Yachthouse by Pininfarina, da Pasqualotto & GT, têm a fachada revestida por carenagem vinda do Bahrein, no Oriente Médio.

Os vidros da fachada vieram da Bélgica. O alumínio, da Alemanha. As gôndolas de limpeza da fachada foram desenvolvidas na Espanha. Da Holanda veio a pintura dos perfis de alumínio, e parte dos materiais de acabamento vieram da Índia e da Itália. Os estudos de solo e de túnel de vento foram executados em empresas no Canadá e na Inglaterra.


Prédios de Balneário Camboriú

Prédios de Balneário Camboriú (Foto: Cleiton Marcos de Oliveira, Divulgação prefeitura de Balneário Camboriú)

 

ALARGAMENTO DA ORLA E O IMPACTO NA CIDADE

22 de agosto de 2022

Como o alargamento mudou Balneário Camboriú um ano após início da obra?

 
Nesta segunda-feira (22) completa um ano desde que a draga Galileu Galilei chegou a Balneário Camboriú e deu início às obras de alargamento, que triplicaram a faixa de areia da Praia Central e transformaram a orla. Foram R$ 88 milhões de investimento e quase três milhões de metros cúbicos, que provocaram um salto na economia. O resultado é que a obra tem servido como parâmetro para outras cidades em SC e também em outros estados, interessadas em alargar a faixa de areia.
Balneário Camboriú é a cidade com metro quadrado mais caro do país após superar São Paulo.

Os números astronômicos da obra fizeram colocaram Balneário Camboriú em evidência e potencializaram o turismo.

A temporada passada foi a melhor dos últimos anos, e a cidade parece estar superando a sazonalidade – um desafio histórico.

No mercado imobiliário, os imóveis da Avenida Atlântica tiveram até 30% de valorização e o aumento de preço repercutiu em todo o municípios– o que fez Balneário subir quatro degraus no ranking FipeZap e se tornar a cidade com o metro quadrado mais caro do Brasil.

Mas o principal efeito é ambiental e foi sentido mais recentemente, quando a Praia Central foi afetada pelos ciclones que têm atingido a costa catarinense. Em situações semelhantes, era comum que a água do mar invadisse o calçadão e a Avenida Atlântica, provocando estragos. Desde o alargamento, a maré subiu com os fenômenos extremos – o que é esperado - mas não chegou a ultrapassar a faixa de areia.

O próximo passo será a instalação da restinga, que ajudará na contenção da maré e evitará erosão no futuro. Em um acordo com o Instituto do Meio Abiebnte (IMA), o plantio ficou para depois das obras de reurbanização, que ainda não têm data para começar.